Não foi desta vez que o Avaí conseguiu interromper a incômoda seqüência de partidas sem vitória na Série B do Campeonato Brasileiro.
A quarta consecutiva veio nesta sexta, dia 18, no empate em 1 a 1 com o Remo, Na Ressacada.

Pela primeira vez na competição, o Avaí fez gol na etapa inicial. Parecia uma maldição: o Leão pressionava os adversários, mas nunca conseguia marcar antes do intervalo. Quando balançava as redes, o lance era anulado; até pênalti perdia. Nesta sexta foi diferente. E que diferença! O Avaí já tinha finalizado cinco vezes quando, aos 11 minutos, Reinaldo assinou uma obra-prima.

O lance começou com uma bola alta, espirrada na entrada da área. Reinaldo matou no peito, deu um chapéu no marcador, colocou na frente, invadiu a área, ganhou de dois zagueiros na velocidade e na saída do goleiro do Remo deu um toque sutil, por cobertura. Um golaço, digno do que poderia ser a ressurreição do combalido poder ofensivo avaiano.

Mas não foi. O gol acomodou o Leão, até então impetuoso e objetivo. O adversário cresceu, deixou de ser dominado e chegou ao empate aos 35 minutos. Gian cruzou da esquerda e o nanico Valdomiro, sozinho na área, cabeceou para o fundo das redes. Na comemoração, "conquistou" a inimizade da torcida avaiana, fazendo gestos debochados imitando o tenista Gustavo Kuerten, maior ídolo azurra.

Outro ídolo, formado na Ressacada, vestiu novamente a camisa avaiana, depois de um ano longe de casa. O meia Fantick entrou aos 12 minutos do segundo tempo no lugar do vaiado Luciano. A torcida voltou a empurrar o time, até que o técnico Play Freitas tirou o melhor jogador em campo, Reinaldo, para a entrada do garoto Diego Viana.

Aí, adeus empolgação dos torcedores, o jogo esfriou de novo e partiu lentamente para um final sem novo grito de gol.

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LUCIANO SMANIOTO / DIÁRIO CATARINENSE